terça-feira, 18 de março de 2008

LIVRE-ARBÍTRIO E PREDESTINAÇÃO

EXISTE LIVRE-ARBÍTRIO PARA O HOMEM, REALMENTE?


O suposto livre-arbítrio que Deus concedeu a Adão e Eva, no paraíso, na verdade não era uma “liberdade de escolha”; era uma “imposição com condições predeterminadas”. Deus criou o homem à sua imagem e semelhança e concedeu-lhe a capacidade de raciocínio e a faculdade de escolha. Logo, “livre-arbítrio” subentende-se como sendo uma “liberdade de escolha, sem que seja predeterminada alguma conseqüência”.

Ora, se tenho livre-arbítrio, faço uso dele como bem entender! E se dele faço uso, mas sofro uma punição porque não usei de acordo com o gosto de quem o estabeleceu, então isso não é livre-arbítrio nem aqui e nem em outro mundo! Dizem os pregadores de ontem e de hoje que nós, seres humanos, temos livre-arbítrio para escolhermos servir a Deus ou não; mas se não escolho servir a Deus, vou receber, por isso, uma terrível punição! Ora! Que absurdo é esse?! Onde está a racionalidade desses pregadores? Que liberdade de escolha é essa?

Não radicalizando a questão, podemos entender, também, que o livre-arbítrio dado ao homem é restrito apenas nesta esfera de vida. Então, quer dizer que esse livre-arbítrio (com condições predeterminadas) só é restrito a esta vida sobre a Terra? Sim, porque após a morte, o homem não tem mais direito a esse livre-arbítrio (com condições pré-definidas). Mas, por que tem que ser assim?

O Inferno e o Lago de Fogo não foram criados para punir a raça humana; foram criados para castigo do Diabo e seus anjos. Contudo, o Inferno tornou-se também um lugar de punição para os ímpios pecadores e para os crentes desobedientes. O Inferno é um lugar transitório. Já o Lago de Fogo foi criado para Lúcifer e seus anjos, e é um lugar físico, real, para extermínio eterno do corpo, da alma e do espírito.

Os anjos de Deus, no Céu, têm livre-arbítrio, realmente. Mas Deus pune um anjo desobediente da mesma forma que um pai pune a seu filho, para bem dele. Porém, se a rebeldia é repetitiva, Deus concede liberdade ao tal anjo rebelde, mas ele é convidado a se retirar do Céu. Logo, ele irá se juntar a quem? À turma do Lúcifer, com certeza!

Foi assim que aconteceu com o Lúcifer e os anjos que se rebelaram no Céu. Deus concedeu liberdade a Satã e aos anjos que quiseram acompanhá-lo, mas não foi determinada nenhuma punição por causa da escolha que fizeram. A parábola do filho pródigo, narrada por Cristo (Lucas 15), retrata claramente a pessoa de Jesus e de Lúcifer. O filho pródigo recebeu do pai parte da herança que lhe cabia; foi-se pelo mundo a fora, mas depois regressou para a casa paterna. Porém, com o Lúcifer foi um pouco diferente; ele não retornou à casa do Pai. E como se não bastasse, ainda criou ódio do Pai e de Jesus, que é o Filho obediente.

Quem são os demônios? Qual a origem deles?

Antes de continuar com as explanações, faz-se necessário conhecer um pouco mais a respeito dos anjos de Deus e dos anjos caídos ou decaídos.

Na ocasião da queda do homem, quando Satã o enganou no paraíso (isto é, quando lhe transmitiu conhecimento que não devia ser transmitido), Deus o amaldiçoou e lhe tirou alguns direitos que ainda detinha. Nessa ocasião, ainda não havia sido decretados a condenação de Lúcifer e seu bando ao castigo eterno no lago de fogo (extermínio). Então, em que momento Deus perdeu a paciência com Lúcifer? Foi quando os anjos que o acompanhavam (que ainda eram considerados filhos pródigos de Deus – Gen. 6) pecaram com as filhas dos homens, e quando corromperam a humanidade com toda sorte de pecados. Da união carnal dos anjos com as mulheres humanas, surgiu uma raça de gigantes, isto é, pessoas com tremendas anomalias genéticas. Por causa desse grave pecado dos anjos rebeldes, acima de tudo com o alcovitamento de Lúcifer, Deus condenou os anjos líderes à prisão e castigo no poço do abismo (ou tártaros, localizado nas partes mais baixas do Inferno). Foram presos no Tártaros somente as castas mais perigosas de anjos e os anjos líderes. Se Deus tivesse prendido todos os anjos rebeldes no abismo, não haveria demônios soltos por aí. Satã ainda não foi preso, mas já está condenado e com sua prisão decretada. Os outros anjos que ficaram soltos nas regiões celestiais, foram amaldiçoados e perderam seus corpos. Os demônios são anjos caídos destituídos de seus corpos. Isso foi uma maldição de Deus por causa do grave pecado que cometeram. Porém, Satã e os outros anjos líderes (7 príncipes) que ele constituiu ainda são poderosíssimos, e podem se manifestar em corpos, ou seja, podem se materializar ou constituir corpos para si. Por exemplo, sempre que há registro de aparições de ETs, observa-se que eles possuem a mesma aparência física: cabeça grande, nariz curto e olhos grandes, puxados. Os ETs (ou os tripulantes de ÓVNIS) são demônios, e a aparência que eles usam é apenas um máscara, ou seja, é um corpo mal feito que eles conseguiram fazer para si. Quando há abdução (seqüestro) de seres humanos por ETs, talvez seja para fazer experiências genéticas, de forma a constituir corpos parecidos com o dos humanos. Lúcifer e os anjos príncipes não têm poder para constituir corpos para todos os demônios, pois eles são milhões ou até bilhões.

Quando Lúcifer recebeu a sentença de sua condenação no Céu, Jesus estava na Terra, possivelmente, cumprindo uma missão como “anjo do pacto” (Mal. 3:1). Tempos depois, quando encarnou como Filho de Deus, disse: “Respondeu-lhes ele: Eu via Satanás, como raio, cair do céu” (Lucas 10:18; João 12:31; 16:11; Apoc. 9:1). Talvez Jesus não estivesse se referindo somente aos atos dos setenta discípulos, que haviam expulsado muitos demônios durante o cumprimento da missão, enfraquecendo o reino de Satanás. O apóstolo João afirma que “o príncipe deste mundo está julgado”. A famosa guerra no Céu, de Apocalipse 12, na verdade se deu quando Satanás recebeu a sua sentença, com a qual não concordou, há mais de 4.000 anos a.C. [MAS, LEMBRE-SE QUE UMA MESMA PROFECIA PODE TER DOIS CUMPRIMENTOS: UM QUE JÁ PASSOU E OUTRO QUE AINDA VIRÁ]. A terça parte dos anjos de Deus decidiram ficar ao lado de Lúcifer desde a sua primeira saída do Céu como filho pródigo. Os anjos que decidiram ficar ao lado de Lúcifer não foram coagidos por ele; talvez aceitaram ficar ao seu lado como cúmplices das suas rebeldias. Satanás e sua turma tentaram resistir à decisão de Deus de expulsá-lo definitivamente do Céu, e lutaram contra Miguel e seus anjos. Porém, não prevaleceram e foram expulsos do Céu e Deus lhe colocou uma marca, assim como colocou em Caim: o 666, que representa o tempo para ele agir, até que se cumpram os planos de Deus a humanidade.

Entenda, você, que os demônios sentem necessidade de possuir um corpo, para que possam se expressar e sentir as emoções carnais. Por isso, eles preferem habitar nos corpos dos seres humanos. Eles não gostam de possuir os corpos de animais; preferem os corpos humanos porque precisam se comunicar através da fala e dos gestos.

Na Bíblia não há nenhuma referência mostrando que os anjos possuem ou não órgãos sexuais. Jesus disse que os salvos após ressuscitarem dentre os mortos não casam e nem se dão em casamento, pois serão como os anjos de Deus no Céu (Mat. 22:30; Marc. 12:25; Luc. 20:35). Mas, essas passagens bíblicas não indicam, de forma implícita, que os anjos são assexuados. Uma prova de que os santos anjos de Deus possuem órgãos sexuais é o exemplo de Adão e Eva no paraíso, pois, viviam nus, mas não se envergonhavam, porque não tinham conhecimento e nem noção de prostituição através dos órgãos sexuais. É claro que eles sabiam por que existiam os sexos opostos, e quais as funções dos órgãos sexuais, visto que presenciavam os animais mantendo relacionamento sexual para procriação. O que eles não tinham era a noção do pecado por aquilo que Deus havia orientado ser mal. Adão e Eva tiveram filhos santos no paraíso, porque antes da queda Deus lhes disse: “Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a” (Gen. 1:28). Quando pecaram e foram expulsos do paraíso, Deus tomou para si os seus filhos santos.
Assim como Adão e Eva, vivendo no paraíso, não tinham noção de pecaminosidade no uso indevido dos órgãos sexuais, os anjos no Céu também possuem órgãos sexuais, mas não sentem necessidade de prostituir os seus corpos, e nem podem constituir famílias, visto que todos são do sexo masculino e são extremamente santos e obedientes a Deus. Satanás e seus anjos são rebeldes e fazem o que bem entendem com seus corpos, se os tem.

Os anjos de Deus, que são enviados a Terra para auxiliar os servos de Deus, podem se afeiçoar por alguma mulher terráquea. Por isso, o apóstolo Paulo exortou às mulheres a trazer sempre a cabeça coberta, por causa dos anjos (I Cor. 11:10). Os teólogos inventam explicações mirabolantes para esta afirmação de Paulo porque não conhecem a teologia esotérica. Paulo era um erudito e sabia o que falava. Não somente o apóstolo São Judas lia o Livro de Enoque, mas Paulo também conhecia esse livro até bem mais do que os outros apóstolos. A leitura do Livro de Enoque era corrente entre os cristãos e judeus até o século II. No ano 300 d.C. a Igreja Católica proibiu a leitura pública desse livro por questões óbvias, isto é, para que o livro não ficasse popular entre o povão, por causa de suas profecias.

Mas, se por hipótese os anjos são assexuados, e se os mais poderosos se rebelarem, podem perfeitamente constituir órgãos sexuais para si. Os anjos são seres poderosíssimos e, caso alguns se rebele, podem causar muita dor de cabeça para Miguel e seus anjos obedientes. Pela literatura do ocultismo ficamos sabendo que existe um ritual ou uma festa demoníaca chamada “Sabbat”, onde os adeptos praticam sexo com demônios. Existem demônios de sexo masculino e sexo feminino. Não é por acaso que Deus mantém preso no poço do abismo a casta mais perigosa de anjos decaídos (II Ped. 2:4; Judas 1:6; Apoc. 9:1-3).

Voltando ao cerne do assunto, o livre-arbítrio que nós, seres humanos, temos hoje não é exatamente uma “liberdade de escolha”; é uma “imposição”, porque Deus é onisciente e sabe qual será o futuro do homem se viver alienado. Deus não pode abandonar o homem rebelde à mercê de sua sorte. Pois, como bem disse Pedro, “Senhor, para onde iremos nós? Tu tens as palavras de vida eterna”! (João 6:68).

O homem pode seguir livremente no caminho em que quiser seguir, enquanto vive sobre a Terra, e também, após a morte. Mas, sabemos que a decisão do homem não vai dar em nada. Deus sabe qual é o fim do homem que escolhe desobedecê-lo. Se o homem viver sem Deus, totalmente alienado, poderá ficar eternamente perdido, tal como uma ovelha sem pastor, oprimido por si mesmo ou pelos outros. Sabendo disso, Deus não pode conceder o livre-arbítrio ao homem após a morte, pois, que na verdade, será Ele mesmo que deixará dos seus cuidados para ir resgatar o homem do abismo em que se encontra.

O homem sem Deus é como uma criança, que não tem noção do perigo e não sabe para onde vai. Se ele escolhe não servir a Deus, mas prefere seguir o seu próprio caminho, e depois cai num abismo e fica prisioneiro da sua própria sorte, quem é que vai salvá-lo? Será que o homem poderá salvar-se a si mesmo? Será que, mesmo tendo abandonado Deus, o homem perdido não terá que invocá-lo algum dia? Claro que sim! Então, para Deus não ter dois trabalhos, o de deixar o homem livre e depois ter que ir resgatá-lo, desde o princípio do mundo tem imposto obediência aos seus mandamentos e lhe dado tempo para que possa se aperfeiçoar. E para evitar que o homem se perca eternamente, Deus tem lhe dado mais uma chance após a morte. Criou o inferno justamente para que o homem rebelde e pecador – que rejeita a sua graça – seja provado e punido por sua desobediência. Se no inferno o homem reconhecer o seu erro e perceber que não pode viver alienado de Deus, então, será perdoado e salvo.

Sei que a forma que falo sobre a realidade do Inferno choca-se com o conceito comum dos evangélicos sobre a situação das almas que morreram sem Cristo, porque foram doutrinados erroneamente. E será muito difícil que mudem de idéia. Em nenhuma parte da Bíblia afirma que não há nenhuma solução para as pessoas que morreram sem ter ouvido falar de Jesus. São milhares de pessoas em vários países, que partem para a eternidade todos os dias sem terem ouvido uma única vez a mensagem de Cristo. Será que essas pessoas foram predestinadas à condenação, sem ter tido a chance de receber a mensagem do Evangelho? Se Jesus ordenou pregar o seu Evangelho a toda criatura humana, em qualquer lugar do mundo, quem será responsabilizado pela perdição dessas pessoas que os pregadores andam dizendo por aí, que já estão sofrendo eternamente no panelão de breu? Crentes hipócritas, que defendem a idéia do suplício eterno no Lago de Fogo, não demonstram sentir nenhuma pena dessas almas que morrem sem Cristo; conseqüentemente não tem amor pelas pessoas que estão vivas. É tudo hipocrisia. Falar irracionalmente que o pecador irá sofrer um suplício eterno é fácil! Agora, pregar que é bom, nos países muçulmanos, poucos tem coragem!

Deus quer conceder posição de destaque no Céu aos seres humanos que forem aperfeiçoados, por isso, está provando e aperfeiçoando o homem, para que seja capaz de expressar perfeita e completa obediência às suas leis.

Cada ser humano tem uma alma e um espírito. Se Deus não tomar conta do homem após a morte (Eclesiastes 12:7), nas mãos de quem ficará o seu espírito? Se o homem não conhece nem 1% do Universo físico, como irá proceder no mundo espiritual? Por certo, ficará perdido no tempo, como alma penada, ou, então, ficará a mercê do Príncipe das trevas e terá que ser seu escravo.

Se, ao morrer, a alma e o espírito do homem deixassem de existir, Deus não se preocuparia com ele, de forma alguma.



A PREDESTINAÇÃO



Se você foi capaz de entrar na mesma linha de raciocínio em que expus o caso do livre-arbítrio, sem dúvida, a questão da predestinação do homem será fácil de entender.
Muito se tem discutido por aí sobre a predestinação dos salvos e dos perdidos. No entanto, nenhum grupo de teólogo chegou a uma conclusão plausível, que possa ter respaldo na Palavra de Deus.

Vou tomar algumas referências bíblicas para embasar a discussão sobre a predestinação.

“Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? diz o Senhor Jeová: não desejo, antes, que se converta dos seus caminhos, e viva?” (Ezeq. 18:23, 32).

“Assim também não é da vontade de vosso Pai que está nos céus, que venha a perecer um só destes pequeninos” (Mateus 18:14).

“E a vontade do que me enviou é esta: Que eu não perca nenhum de todos aqueles que me deu, mas que eu o ressuscite no último dia” (João 6:39).

“Pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (I Tim. 2:3-4).

“O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se” (II Pedro 3:9).

“Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Efésios 1:4-5).

“Nele, digo, no qual também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade” (Efésios 1:11).

“…e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou” (Rom. 8:30).


Sabemos que todos os dias milhares de pessoas partem para a eternidade sem Cristo. A doutrina evangélica diz que após a morte, segue-se o juízo. E a única oportunidade de obter salvação é enquanto estamos vivo, porque após a morte não existe nenhuma chance de salvação. E ainda aparecem alguns pregadores, por aí, usando a passagem de II Pedro 3:9 para fazer pregação!
Então, se após a morte não existe nenhuma chance de salvação para os que morrem sem Cristo, como podemos entender a afirmação de Pedro, quando diz que Deus é longânimo para conosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se?

Se não existe nenhuma outra forma de o homem pecador obter a salvação após a morte, por que Paulo diz que o desejo de Deus é que todos os homens sejam salvos? Se não existe chance de salvação para aqueles que morreram sem ter ouvido e aceitado o Evangelho, então o que Pedro e Paulo afirmou em Tim. 2:3-4 e II Pedro 3:9 é pura hipocrisia (pra não dizer coisa pior).
Para que todos os homens tenham chance de serem salvos, existem apenas duas possibilidades: a provação e purificação dos pecados no Inferno ou a reencarnação.

Se Deus não quer que ninguém se perca, então é preciso haver a reencarnação, para que o pecador volte à vida novamente e tenha oportunidade de se aperfeiçoar e se salvar. Se a reencarnação serve para dar oportunidade ao homem pecador de se aperfeiçoar, então a existência de seres humanos reencarnados neste mundo será um processo interminável, visto que será preciso haver centenas de reencarnações para que certas pessoas sejam aperfeiçoadas. E para que o homem tenha mais chances de se aperfeiçoar, Deus terá que usar da predestinação para fazer reencarnar cada criatura humana em épocas favoráveis, e no seio de famílias com boa situação social e econômica. Se uma alma reencarnar aleatoriamente, ou de acordo com a sua sorte, poderá ter ou não melhores chances de se aperfeiçoar. Existem muitos fatores que podem interferir no sucesso de um ser encarnado. O país, o status social ou as condições econômicas da família onde o espírito será baixado poderão ser ou não ser favoráveis. Se Deus está sendo longânimo porque quer que todos tenham chance de se salvar através do processo de reencarnação, então é melhor tirar o cavalinho da chuva ou botar as barbas de molho, porque terão que se passar milhares de anos até que todos possam ser aperfeiçoados! E posso garantir que, do jeito que certos homens são: mentirosos, obstinados, irreconciliáveis, será quase impossível o aperfeiçoamento para os tais.

Sendo assim, fica claro que a reencarnação não pode existir. E a única possibilidade de haver salvação do pecador após a morte é a punição e purificação da alma no Inferno. Lembrando: o Inferno é um lugar transitório, para onde são levados os espíritos dos pecadores que não quiseram saber de Deus ou nunca ouviram falar de Jesus e os espíritos dos crentes desobedientes, que morrem todos os dias. As doutrinas católicas a respeito do antigo “limbo” (local de destino após a morte das crianças pagãs, que foi abolido pelo Papa João Paulo I) e o purgatório, trata-se do mesmo Inferno, que os protestantes alegam ser local de castigo eterno para os perdidos. A Bíblia diz que cada um dará conta de si mesmo a Deus (Rom. 14:12). Portanto, os vivos não podem interceder pelos mortos, nem as rezas podem ajudar em nada, muito menos missa de sétimo dia, batismo pelos mortos ou oferenda de milhares de velas acesas. A intercessão de Maria, mão de Jesus, a favor dos pecadores é outro absurdo que tem sido ensinado pelos católicos, e Deus jamais irá aceitar, visto que só há um mediador entre Deus e os homens, que é Jesus (I Tim. 2:5).

Pelo que já vimos, conclui-se que não existe predestinação para nenhum ser humano. Quando na Bíblia há um texto se referindo a predestinação, como na passagem de Efésios 1:4-5, não significa que os termos “elegeu” e “predestinou” estejam fundamentando uma doutrina. Essa passagem e a de Romanos 8:30 deve ser interpretada da mesma forma que se interpreta a passagem de Apocalipse 13:8, onde se diz que Cristo é o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. O que está em questão é a onisciência de Deus e não a predestinação.

“E adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo”.

Esta passagem bíblica, acima, não pode sustentar a doutrina da reencarnação. Os teósofos sustentam que os “cristos”, deuses ou “hierofantes” de tempos em tempos encarnam ou reencarnam, mas esse ensinamento não tem base bíblica. Paulo (ou Timóteo) disse que Cristo “uma vez por todas se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo” (Heb. 9:26; I Ped. 3:18).

Por outro lado, vemos os Mórmons sustentando que Cristo reapareceu na América do Norte, tempos depois de ter aparecido aos judeus na Palestina. Segundo os ensinamentos dos Mórmons, essa aparição de Jesus Cristo na América não se deu através de uma nova encarnação, pois, Cristo apareceu repentinamente, transmitindo as mesmas mensagens (boas novas) que havia transmitido aos judeus na Palestina.

O “Cordeiro” que foi morto desde a fundação do mundo, a qual se refere Apocalipse 13:8, trata-se da representação simbólica do Cordeiro de Deus (Jesus) através de todos os “cordeiros” que foram oferecidos em sacrifícios para remissão dos pecados, a começar com o cordeiro oferecido em holocausto por Abel (Gen. 4:4). Todos os cordeiros sem manchas oferecidos pelos hebreus em sacrifícios, para remissão dos pecados do povo, simbolizavam o Cordeiro de Deus, que um dia se ofereceria uma única vez para remir os pecados da humanidade (Ezeq. 45:23; Êxodo 29:38).
Li recentemente um livro intitulado “Apócrifo do Diabo”, onde o autor alega que as histórias narradas no livro foram ditadas pelo próprio Lúcifer e transcritas em manuscritos por um ex-padre católico que foi excomungado da Igreja por ter se envolvido com o Ocultismo. No livro, Satã alega que quer ajudar a salvar a humanidade do holocausto que está preste para acontecer. Ele alega que Jeová é quem é mal e está preparando as suas ovelhas para o grande sacrifício, pois, para isso que é que são preparadas as ovelhas, ou seja, os judeus e os cristãos. Mas, sei que tudo isso é mentira de última hora inventada por Satã, para confundir a mente dos incautos.
Na verdade, Deus amou tanto a humanidade (João 3:16), que não desejou eliminá-la da face da Terra e nem desejou sacrificá-la por causa de seus pecados. Mas, pela sua infinita bondade, deixou que seu próprio Filho Unigênito viesse morrer em favor da humanidade. JESUS CRISTO FOI O CORDEIRO DE DEUS QUE SE SACRIFICOU EM LUGAR DA HUMANIDADE.

Quando o texto diz que Deus “nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo”, isso não se constitui uma doutrinação. Nunca se diz na Bíblia que Deus predestinou os ímpios ou pecadores para a perdição eterna. O que Deus expressa é o desejo de salvar os ímpios e também o de salvar todos os homens (Ezequiel 18:23, 32; I Tim. 2:3-4).

A “predestinação” narrada em Efésios 1:4-5 refere-se à onisciência de Deus, que antes da fundação do mundo já previa todos aqueles que haviam de crer no seu Filho Jesus, e seriam constituídos filhos por adoção, visto que os filhos legítimos de Deus Jeová são os judeus.
Concluindo, a predestinação que hoje existe se resume nas três escolhas clássicas que o homem pode fazer: 1) obedecer e se submeter a Deus; 2) obedecer e seguir ao Diabo; ou 3) tornar-se um ateu, alienado de tudo que se chama “deus”.

O homem só pode escolher uma das três opções. O seu futuro dependerá da escolha que fizer. As circunstâncias em que o homem nasce (época, país, tipo e condições sócio-econômica de sua família) pode influenciar muito nessa escolha. Se você é um brasileiro ou é habitante de um país democrático, onde predomina religião cristã, então é mais fácil você ter o conhecimento do Evangelho de Cristo. Mas, se você recusar Jesus e sua graça, não terá perdão. Irá sofrer as penas do Inferno durante mil anos.

Que o Espírito de Deus possa iluminar nossas mentes!

Amém.


by: Miquels - Manaus, 10/03/2008.

Quem sou eu

Minha foto
Manaus, Amazonas, Brazil
Amazonense, músico, educador, cristão-evangélico. E-Mail para contato: miquels7@hotmail.com ; miquels007@gmail.com miquels007@hotmail.com